quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Wilson's Heart

Fugindo um pouco dos contos que andei postando e voltando olhares para seriados. Hoje estava deitada e dando continuidade ao meu projeto, a TV estava ligada (gosto de ouvir vozes para não me sentir sozinha quando não há mais ninguém em casa, rs) e de repente começa House. Até fechei o Word e parei de escrever. Minha atenção foi parcialmente direcionada ao seriado (outra parte estava no msn em uma interessante conversa com o meu irmão) e me dei ao luxo de viajar com o episódio. Eu não acompanho House (muito menos pela Universal, pois só funciona quando a Net quer, rs) então não fazia idéia de qual temporada ou episódio se tratava, mas mesmo assim acompanhei.

E eis que o episódio é um dos mais adorados da Season Four... Wilson's Heart, o título desse post. Quem acompanha o seriado ou fez como eu, assistiu de surpresa, sabe do que estou falando. Não quer SPOILER? Então pare de ler agora mesmo! Esse episódio merece uma atenção especial... Afinal, é o episódio em que Amber (esposa do Wilson) morre. E ora, eu mal sabia da existência dela! É... Eu realmente preciso assistir mais House. E esse episódio foi a deixa para que eu vá atrás.

Bom, agora sim vou chegar aonde quero. O assunto que quero tratar nesse post é: Emoção X Ficção. Acho melhor exemplificar para facilitar as coisas, não? Semana passada um tio meu faleceu. Legal, nem ao menos me dei o trabalho de ir ao enterro (consideração mandou lembranças lá da China, fato). Se nem lembrava da cara do sujeito, acha que eu ia chorar? Antes ele do que eu, oras. Mas hoje assistindo a um seriado com personagens que todos nós sabemos não existir eu chorei. E eu não acompanho a série, eu nem conhecia a personagem... Mas eu chorei feito uma criancinha medrosa. Aquelas cenas foram tão cheias de emoção, tão... Reais. E eu me entreguei e dei o braço a torcer pelos sentimentos do Wilson. Eu senti a leve culpa de House. Senti a dor dele, senti o pesar de Amber... Senti até por Kutner e a 13 (que possuem desgraças paralelas).

Então... Será que essa vida tecnologica e meio genérica faz bem? Digo... Perdi-me em devaneios sobre sentimentos, importância de certas coisas e no final não cheguei a nenhuma conclusão muito lúcida. Eu realmente recebo um baque violento quando assisto dramas e romances, muito mais até do que na vida real. Acho que na vida real eu crio barreiras para me proteger da dor, mas no mundinho utópico e gostoso... Ah, lá eu sou livre! Lá eu choro por que Gerry morreu. Lá eu choro pelo Wilson e pela morte da Amber. Lá eu dou risada com as palhaçadas dos irmãos Winchester e também chorei com a morte de John. A vida irreal às vezes parece tão mais incrível...

Vale a pena abandonar a vida real para viver sonhando? Posso demonstrar, às vezes, que sim... Mas jamais! Eu gosto das vidas que tenho, gosto das faces que posso exibir. Adoro caminhar passo a passo no mundo real, mas o prazer em voar nos sonhos é indescritível... Todos deveriam experimentar.

Eu vou continuar sendo uma Aline-real fria, mas a Aline-de-mentirinha sempre vai chorar quando uma Amber morrer ou quando o romance à la Bridget Jones acabar.

Eu sei viver... E você?

2 comentários:

Pedro Campos disse...

Aline, nos últimos dez anos muitas pessoas morreram à minha volta.
Pessoas não importantes, pessoas importantes. O fato é que, na minha mente, só se passa a perda.
Recentemente meu bisavô faleceu. Não era mais ligado a ele, isso pelos últimos 5 anos.
Ao saber da notícia, tudo veio à tona. Nossos momentos, coisas esquecidas.
Será que isso não faz falta para você?

. Bekinha . disse...

Eu chorei feito uma condenada nesse episódio . E coincidiu com a noite em que a avó do Léu faleceu . Eu nem a conhecia, mas me fez chorar ainda mais .

Te adicionarei ,coisa ! =p