domingo, 7 de setembro de 2008

Kuroi Namida

ei, nana...

lembra-se do dia em que nos conhecemos?

eu sou do tipo que acredita em destino e coisas do gênero...

não consigo deixar de pensar que foi obra do destino.

ei, nana...

lembra-se que ficamos, lado a lado, às margens daquele rio...

observamos as luzes que cobriam a superfície das águas?

aquela melodia, que você murmurava naquela época...

poderia cantá-la para mim, mais uma vez...?

naquele momento, não sei...

fiquei com vontade de chorar.

não sei explicar direito por quê...

mas, a mão que nana me estendeu...
era tão quente...

que até aqueceu meu coração.

as coisas de que nana gosta nunca mudam...

e para mim, que sou volúvel...
isso me pareceu muito bacana.

você se parece com uma gata de rua...
cheia de caprichos...
orgulhosa e livre...

você tinha em seu coração uma ferida que não cicatrizava.

e eu, insensata como era...

achei que isso também era parte de seu charme...

sem saber do tamanho da dor que ela lhe causava.

NANA # 2

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