sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

I'm back, yes i'm back

Eu disse, certo? Quatro dias. E hoje saiu o resultado. Passei de ano sem DP, passei direto. As faltas mais uma vez não me derrubaram. É um alívio tão grande, nossa! Agora fica aqui a lista:

  • Passar de ano (OK)
  • Emagrecer 10 kg
  • Diminuir meu pessimismo
  • Parar de fumar totalmente
  • Arrumar um namorado fofo, sensível, fiel, romântico e que goste da Lih do jeito que ela é. (terceira pessoa rlz)
Bom... E que venha 2009 ;)

Não tenho nada mais para postar por enquanto.

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Quando tudo vai pelo ralo


O Cheiro do Ralo, upload feito originalmente por Aline Wolf.

Quatro dias. Eu deveria ter pensado em toda essa tortura antes de pensar nos malditos "Só mais cinco minutinhos" enquanto estava deitada. Agora essa aflição me consome e eu consegui atingir os níveis mais altos do meu pessimismo. E se tudo der errado? Bom, paciência. Vou colher o que plantei. Decidi semear preguiça e descaso, agora vou colher a desgraça.

Caso eu não poste dentro de quatro ou cinco dias é por que fiquei tremendamente desiludida (ainda mais) e de duas, uma: Ou volto depois de um tempo para desabafar ou não volto mais.

Às vezes eu só queria que tudo desse certo uma vez para que eu me lembrasse como é. Mas para tudo dar certo eu preciso fazer as coisas certas, não? Aí é onde mora o problema. Eu raramente faço algo certo... Mas bem feito.

E que comece a contagem regressiva para, talvez, mais uma possível desgraça.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Wilson's Heart

Fugindo um pouco dos contos que andei postando e voltando olhares para seriados. Hoje estava deitada e dando continuidade ao meu projeto, a TV estava ligada (gosto de ouvir vozes para não me sentir sozinha quando não há mais ninguém em casa, rs) e de repente começa House. Até fechei o Word e parei de escrever. Minha atenção foi parcialmente direcionada ao seriado (outra parte estava no msn em uma interessante conversa com o meu irmão) e me dei ao luxo de viajar com o episódio. Eu não acompanho House (muito menos pela Universal, pois só funciona quando a Net quer, rs) então não fazia idéia de qual temporada ou episódio se tratava, mas mesmo assim acompanhei.

E eis que o episódio é um dos mais adorados da Season Four... Wilson's Heart, o título desse post. Quem acompanha o seriado ou fez como eu, assistiu de surpresa, sabe do que estou falando. Não quer SPOILER? Então pare de ler agora mesmo! Esse episódio merece uma atenção especial... Afinal, é o episódio em que Amber (esposa do Wilson) morre. E ora, eu mal sabia da existência dela! É... Eu realmente preciso assistir mais House. E esse episódio foi a deixa para que eu vá atrás.

Bom, agora sim vou chegar aonde quero. O assunto que quero tratar nesse post é: Emoção X Ficção. Acho melhor exemplificar para facilitar as coisas, não? Semana passada um tio meu faleceu. Legal, nem ao menos me dei o trabalho de ir ao enterro (consideração mandou lembranças lá da China, fato). Se nem lembrava da cara do sujeito, acha que eu ia chorar? Antes ele do que eu, oras. Mas hoje assistindo a um seriado com personagens que todos nós sabemos não existir eu chorei. E eu não acompanho a série, eu nem conhecia a personagem... Mas eu chorei feito uma criancinha medrosa. Aquelas cenas foram tão cheias de emoção, tão... Reais. E eu me entreguei e dei o braço a torcer pelos sentimentos do Wilson. Eu senti a leve culpa de House. Senti a dor dele, senti o pesar de Amber... Senti até por Kutner e a 13 (que possuem desgraças paralelas).

Então... Será que essa vida tecnologica e meio genérica faz bem? Digo... Perdi-me em devaneios sobre sentimentos, importância de certas coisas e no final não cheguei a nenhuma conclusão muito lúcida. Eu realmente recebo um baque violento quando assisto dramas e romances, muito mais até do que na vida real. Acho que na vida real eu crio barreiras para me proteger da dor, mas no mundinho utópico e gostoso... Ah, lá eu sou livre! Lá eu choro por que Gerry morreu. Lá eu choro pelo Wilson e pela morte da Amber. Lá eu dou risada com as palhaçadas dos irmãos Winchester e também chorei com a morte de John. A vida irreal às vezes parece tão mais incrível...

Vale a pena abandonar a vida real para viver sonhando? Posso demonstrar, às vezes, que sim... Mas jamais! Eu gosto das vidas que tenho, gosto das faces que posso exibir. Adoro caminhar passo a passo no mundo real, mas o prazer em voar nos sonhos é indescritível... Todos deveriam experimentar.

Eu vou continuar sendo uma Aline-real fria, mas a Aline-de-mentirinha sempre vai chorar quando uma Amber morrer ou quando o romance à la Bridget Jones acabar.

Eu sei viver... E você?

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

17:42 - Os Últimos Minutos



17 : 10 - O Sufoco

A vida deveria ser doce. Ele se lembrava da infância, quando sem muitas ambições sujava as mãos com o melado que a avó fazia e brincava de bonecos com os bolinhos de chuva. Tudo doce. A vida deveria ser doce, não? Mas os anos passam e trazem consigo o efeito destrutivo inexplicável (ou então incompreensível ao homem tão cheio de senso-comum). Agora tudo era tão amargo e ácido que o doce havia ficado nos rodapés das páginas mais antigas. E o sabor doce estava partindo e afundando no passado que agora parecia utopia. O telefone toca repentinamente e ele desperta de seu mísero segundo para devaneios.

- Alô? - Atendeu desanimado. Quem seria agora? Provavelmente o chefe novamente com mais cobranças e cobranças. Talvez um cliente insatisfeito e estressado sem papas na língua para lhe torrar os últimos vestígios de paciência. Podia ser Obama declarando a retirada das tropas. Podia ser Osama se entregando, tanto faz. A rotina era tão banal que a cor havia esvaecido.

- Oi querido! Não se esqueça do nosso jantar hoje, ok? Vou preparar torta de maçã para você. Lara até comprou um sapatinho novo para usar. Estamos feliz que irá jantar com a gente, principalmente para comemorar um dia tão es... - Ele a interrompeu com um grito abafado. Era ela. Alice. A mulher que há doze anos atrás ele havia escolhido para levar ao altar, para colocar uma aliança em seu dedo e beijar seus lábios. E somente com ela se deitou, somente a boca dela ele beijou... Mas no fundo olhava para as mulheres mais jovens - como Alice era há anos atrás, antes de dar a luz à Lara - e desejava se divertir um pouquinho além. Era só desejo. Covarde demais para isso, sem dúvidas. E além de covarde não tinha tempo. Tempo? Adam quase desconhecia essa palavra. Cada minuto era muito precioso, afinal, tinha milhares de relatórios para enviar e analisar.

- Chega, Alice. Eu já tenho problemas demais para resolver e mal tenho tempo para respirar! E ainda tenho que aguentar você me chateando e pressionando com isso... Mas que merda! Não pode jantar sem mim? - Irritadiço e grosseiro. Por um momento a mulher do outro lado da linha se perguntou "Por que eu fui me casar com ele?" mas então se lembrou. Antes de ser gerente de uma grande empresa e um homem de negócios ocupado ele foi um bom namorado. Não tinha muito dinheiro, mas era criativo. Aos finais de semana levava ela para passear em parques e lhe dava uma rosa branca e uma vermelha, recitava belas poesias e era deveras carinhoso. O que aconteceu com todo aquele sonho? O tempo, meus caros. O tempo que destruiu tudo.

- Eu posso, Adam. Mas será que você não entende que não posso continuar assim? Um marido ausente, um pai ausente... Do que me vale ter as melhores roupas, as jóias mais caras se já não tenho mais seu carinho? E você acha que basta para sua filha ter bonecas e mimos? Nós precisamos de você, não do que tem a oferecer. - Há mais de um ano aquele amargo estava preso em sua garganta, mas só hoje, no estopim de sua dor, ela conseguiu desabafar.

- Sinto muito, mas é ingratidão sua. Aposto que se eu não estivesse na posição que estou e não lhe desse todo esse luxo você reclamaria! Bah, vocês mulheres, viu! - Egoísta e cego. O tempo havia causado isso a ele. Era triste de se ver, oh céus. Olheiras terríveis, uns dez anos a mais do que realmente tinha estampados em sua face, alguns cabelos brancos... O que a vida havia lhe causado? Era quase um pacto amaldiçoado. A vida e a felicidade por dinheiro e perda de tempo. Vale a pena?

- Eu gostava mais de você quando tudo que tinha a me dar eram rosas... - E a voz de choro entregou a verdade. A tristeza transbordava de uma mulher deixada de lado por papeladas e reuniões. Muito comum, muito banal. Mas será o certo?

- Então pare de aceitar as jóias e o carro esporte. - O senhor da razão. Estava sempre certo, não havia nada e nem ninguém que fosse maior e mais sábio. E nem mais cego.

E Alice se ofendeu e desligou. Maldito! Por que a tratava tão mal? Será que sua mãe estava certa ao dizer que casamentos, cedo ou tarde, despencam na rotina? Depende. Mas sem dúvidas o de Alice e Adam estava muito danificado, porém a eterna romântica e apaixonada buscava ver solução e saída. Mas já não sabia se suas esperanças era mantidas pelo amor ao marido ou pelo bem-estar da filha.

17 : 22 - A Explosão

- Estressado, chefe? - O jovem estagiário parado na porta do escritório observava o outro que, sentado à frente do computador, puxava o próprio cabelo e bufava mal humorado.

- Muito. Lembre-se de nunca casar, garoto. - Um grunhido que fez com que o rapaz fizesse um grande esforço para ouvir e compreender. - Aliás, não tem mais o que fazer? Acabou o serviço e vai ficar como um abutre aqui na minha porta? Vá trabalhar. - E já era comum descontar seu desagrado consigo mesmo nos outros. Mas ele achava que era só estresse...

"Foda-se" pensou. Precisava sair para tomar um ar ou caso contrário ficarei louco. Ou já estava louco? Talvez, talvez. Despiu o paletó e deixou em cima da cadeira e caminhou apressado em direção ao elevador. Vazio. Assim como Adam. Chegando ao quinto andar (ele trabalhava no décimo terceiro e odiava, pois morria de medo de altura) uma moça loira adentrou. Curvas exuberantes, cabelo platinado e ondulado, lábios carnudos e um sorriso enigmático. Ela sorriu para ele e ele retribuiu. Sentiu-se tentado, como um cão tarado, a agarrar ela ali mesmo. Mas um avisinho em sua cabeça o lembrou de Alice. O jantar. Alice. Lara. Casamento. ACORDA!

Desceu e caminho até a porta de entrado sentindo uma raiva descomunal. Por quê? Não bastava o irritar com perguntinhas impertinentes no telefone e ainda habitava seus pensamentos e atrapalhava possíveis flertes? Medíocre. Saiu pela porta de vidro e esbarrou com um rapaz que estava no topo da escadaria. Um estagiário, peixe pequeno. E Adam já estava à ponto de explodir e... BOOOM.

- VOCÊ É LOUCO? - A mulher de cabelos negros que anteriormente estava ao lado do rapaz gritou. Ela tinha uma expressão aterrorizada e algumas lágrimas escorreram pelos seus olhos. - Alguém me ajuda! Socorro! Patrick! Patrick, você está bem? - E lá embaixo, no final do lance de escadas, estava o rapaz que trombou com Adam. Sangue. Mas ele parecia menos pior do que poderia estar.

Covarde. Ele teve coragem de empurrar o rapaz lá para baixo, mas não tinha coragem de ficar ali e assumir a culpa. Não era homem o suficiente. Nunca foi. Desceu pela rampa de deficientes apressados e correu em direção à...E correu. Correu desesperado sentindo um aperto no peito que nunca sentiu antes.


17: 42 - O Fim

Corria e quase tropeçava nos próprios pés. Sua cabeça latejava, suas idéias voavam e ele não fazia idéia do que fazer. Correu um pouco mais rápido e pode jurar que o farol estava fechado. A b r i u. O farol abriu. E aquela van estava atrasada para entregar a pilha de relatórios e não o viu. PLOFT.














Pi. Pi. Pi. Pi. Pi. Pi....











Ele não vai resistir...


Alguém já ligou para a família?


Ele perdeu muito sangue...











O doce de melado da vovó era bom. Os bolinhos de chuva eram deliciosos. Brinca de subir nas árvores e pintar o rosto no Dia das Bruxas era legal. Gostava de pular ondas nas praias. Gostava de fazer guerra com seus bonecos de chumbo.


O dia em que a conheceu foi o mais feliz, mas por que então se esqueceu? Lá, no fundo de sua memória submersa por dor e preocupações, havia uma lembrança perfeita e intacta daquele dia. Ela estava sentada na biblioteca, tinha os cabelos soltos e um tanto bagunçados, o óculos escorregava pelo nariz e de minuto em minuto ela arrumava. Parecia tão única lendo seu livro da capa verde... Parecia a única para ele. E mesmo covarde se aproximou. Demorou até conseguir dizer algo e feliz ficou ao perceber que ela ou era distraída demais ou o livro interessante demais.

O dia do primeiro beijo foi o mais mágico. Sentia o gosto adocicado de seus lábios, a maciez... O florescer de algo que ele tinha certeza que era amor. O primeiro passeio de mãos dadas. O primeiro filme abraçados no cinema. O primeiro jantar romântico. A primeira noite de amor. Tudo tão único... E lembranças doces soterradas por relatórios massantes. Mas naquele último filete de vida ele pode saborear pela última vez...

Por que o doce tem que perecer ao amargo? A vida era tão doce...

O dia em que Lara nasceu. Oh, minha nossa! Nunca imaginou que seria pai. Nunca esperou que um dia ficaria ansioso em um hospital para, depois de horas, ter em seus braços um ser pequenino e com o seu sangue... E lembrou de como a amou. Desde que estava na barriga e chutava, dando os primeiros sinais de vida, até o dia em que ela deu os primeiros passinhos... Até aprender a primeira palavra, até entrar para a escolinha... E hoje era uma pequena bailarina. Mas ele sempre faltava nas apresentações. E ele mal lembrava como era o brilho dos seus olhos quando dizia "papai".

E então... Quando foi o dia em que ele morreu? Será que foi mesmo às 17 : 42 de uma quinta feira qualquer? Ou foi o dia em que abandonou as coisas que amava pelas coisas que fazia... A morte de um homem nem sempre é quando seus órgãos param de funcionar. Mas sim quando seu espírito deixa de lutar... Quando sua alma se entrega sem lutar.

O mundo está cheio de Adams por aí. Só espero que a maioria não precise de uma morte física para ressucitar sua alma...

"Dizem que o que procuramos é um sentido para a vida. Penso que o que procuramos são experiências que nos façam sentir que estamos vivos."
Joseph Campbell

O Tempo

Traiçoeiro, não?

Um mês. Um mês se passou voando e eu nem senti... Houve coisas boas, coisas ruins, coisas doces, coisas amargas. Não importa o sabor ou a intensidade, tudo está guardado aqui. Talvez alguns detalhes esvaneçam e só fique o que realmente mereça ser relevado. Tanto faz. Estou sendo carregada pela correnteza agora.

A inspiração para escrever aqui desapareceu e nem mandou lembranças, oh, o que faço agora? Bom, agora só posso me ausentar. Tenho que continuar com meu projeto (que também empacou) e a criatividade continua oculta... É difícil, sabe?

Bom, a frigideira que aqui vos fala vai se retirar. Talvez a criatividade e a inspiração estavam por aí, em algum lugar. Vou achá-las.

Lih, Eddie e os lobos mandam lembranças! (ok, acho que nunca comentei do Eddie e dos Lobos aqui, mas whatever. Quando terminar tudo eu comento... LOL, vai demorar)

:*