lembra-se do dia em que nos conhecemos?
eu sou do tipo que acredita em destino e coisas do gênero...
não consigo deixar de pensar que foi obra do destino.
ei, nana...
lembra-se que ficamos, lado a lado, às margens daquele rio...
observamos as luzes que cobriam a superfície das águas?
aquela melodia, que você murmurava naquela época...
poderia cantá-la para mim, mais uma vez...?
naquele momento, não sei...
fiquei com vontade de chorar.
não sei explicar direito por quê...
mas, a mão que nana me estendeu...
era tão quente...
que até aqueceu meu coração.
as coisas de que nana gosta nunca mudam...
e para mim, que sou volúvel...
isso me pareceu muito bacana.
você se parece com uma gata de rua...
cheia de caprichos...
orgulhosa e livre...
você tinha em seu coração uma ferida que não cicatrizava.
e eu, insensata como era...
achei que isso também era parte de seu charme...
sem saber do tamanho da dor que ela lhe causava.
NANA # 2
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